Ainda vou criar mundos cruzados de palavras esdrúxulas labirintos fugidios de imagens intocáveis habitos notívagos de insanos sentimentos... Palavras arranjadas em simbolismo tosco palavras orneando vasos ideais vazios pra evitar saber com todas as letras que não há nada pra ser dito.
Escrevo? Duvido. Arranho as costas da alma tiro sangue a unha beijo as feridas abertas e deixo as marcas de sangue no papel. Escrevo? Duvido. Não consigo esconder a vida que pula nas minhas enxaquecas e me faz tremer de prazer no negro, no ócio, no nada. Escrevo. Duvido? Meu mundo é quadrado, branco e pequeno meu infinito de combinações no meu .
E onde estão as palavras para costurar os membros dilacerados do menino nos assistindo por cima da estante coberto de dúvidas e de sombras de brevidade... A rosa apodrece partida o silêncio se faz soberano engolido de má vontade, desigual e sem água o silêncio impermeável concreto-de-asfalto-obstrução-de-infinitos.
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Acenderam-se os luzeiros no céu
A cidade desperta para o arraial
Uma noiva procura o perdido véu
Os acordes da Banda no Coreto
Uma tuba marca o compasso
O clarinete dança na calmaria
O Maestro solta gestos no espaço
Bom fim de semana
Mágico beijo