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Mostrando postagens de julho, 2012

Parada

, e então ela passou - um pedaço do incontável - ou fui eu que passei?... Sussurrando sempre suave ao meus ouvidos, em perfeira harmonia com o que eu quis quando sabia querer. Não é isso o verdadeiro amor? Tinha nos olhos as compreensões mais harmônicas dosadas com aquela tristeza sensual em sorriso de Gioconda dançando atrás de cortinas e cortinas. E tive três minutos da mais clara felicidade esquecida no canto do ônibus, com a alma voltada para fora, projetada em janelas para o impossível real de uma ideia não pensada. E então ela saiu das minhas vistas, parada no momento que eu não consegui guardar .E. No vazio deixado pela sua presença as coisas foram caindo outra vez no lugar, pouco a pouco, passo a passo, cinzentas e mudas, estridentemente confortáveis como desde sempre.

Ben

As mãos que tecem o vestido do destino habilidosas costuram os tempos e os caminhos entre as fendas sem números e os acasos oblíquos. As mesmas mãos que bordam as combinações mais sinuosas criam retratos abstratos e também é arte.  As mesmas mãos que ferem cortando o papel em palavras incertas é aquela que atravessa as linhas mais importantes.  E as mãos que se juntam em oração fundem o passado e o presente derretendo as distâncias sem pesar dos espaços.