Aéreo porto

No primeiro dia ela era só a garota com um livro na mão no aeroporto, por quem passei correndo a fim de gastar menos possível da moeda do meu tempo.

No segundo dia ela levantava aqueles grandes olhos azuis, me sorria, e eu quase morria afogado.

No terceiro dia ela acenava pra mim, o cabelo longo bagunçado pelo vento. Eu ia até ela que me beijava longamente e começava a me contar uma série de histórias ocorridas durante minha ausência. Me pegava pela mão e todas as minhas moedas caíam e se espalhavam silenciosamente aeroporto afora.

No quarto dia ela estava em um canto, o cabelo curto lhe caindo sobre os olhos negros atentos no livro. Eu chegava perto, ela sorria, me abraçava, sem dizer uma palavra, e a vida era só um quadro em combustão...

No quinto dia mudaram minha rota

Comentários

Cecília Borges disse…
Tatiele,
claro que me lembro de vc!
E que bom poder te ler também.
Voltarei.
Grande beijo!
Citadino Kane disse…
Taty,
Catei cada moeda como se recolhesse estrelas, corri atrás de ti, estão todas aí, ok?!
Beijos e não deixa mais cair nada.
Pedro
Narradora disse…
Lindo texto, adorei as moedas do tempo, a gradação da intensidade dos encontros e o fim abrupto.
Bjs.
Legal você ter percebido as vírgulas.
Dom Veronezi disse…
lady, vamo dialogar então?!?!!? =] bjosss (aguardo respostas) inté!

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